terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Conto de natal (Parte II)

Já no caminho para casa as raras pessoas que se avistavam corriam apressadamente para as suas consoadas, na verdade... Até tive pena, pena de não ter ido mais vezes ao ginásio durante o ano para poder cavar dali pra fora.

Outras, com um ar desagradável, nem por isso... Não iriam certamente para nenhuma consoada!

Foi então que me pûs a pensar sobre elas; provavelmente foi o espírito natalício o grande responsável por esta tão nobre reflexão pois noutras alturas do ano estas apenas me dirigem um "Já está verde pá!!" ou um "Se fosses mais devagar paravas oh!" Mas o que importa é que, para mal dos pecados dos meus leitores habituais, reflecti:

E porque é que todas as pessoas que por serem desagradáveis não são convidades a passar as festividades em família não se juntam todas e fazem a sua própria consoada em grandes mesas com bancos corridos onde poderiam proferir comentários acintosos umas às outras e cuspir no prato daqueles que lhes dão de comer. Imaginei o seguinte diálogo:

Pessoa desagradável 1: Acho as postas de bacalhau extremamente fininhas, não concorda Sr. Dr. Mário Lino?

Pessoa desagradável 2: Concordo sim Sua Excelência "Eng." Sócrates. E as batatas, já nos as dão cruas!

Pessoa desagradável 1: A Temperatura da sala podia estar um nadinha mais alta.

...Continua...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Conto de Natal

Era véspera de Natal; nos contos de Natal é sempre véspera de Natal, por isso neste não se vai inovar.
Chovia, a chuva era fria e dava vontade de dizer "Isto da humidade relativa de 100% tem a sua piada."
Era noite e na rua, tudo estava vazio e silencioso, as luzes nas monstras piscavam e chamavam os ninguens e eu só pensava "Mas que bela altura para me dedicar ao gamanço"
Estava eu absorvida nos meus pensares quando um mendigo me arranca do complexo 3X3 de assoalhada e meia que é o meu pensamento e diz "Não me quer dar uma esmolinha?"
"O quê! Um mendigo a pedir esmola numa noite fria e na véspera de Natal, mas querem ver que estou dentro de um conto de Natal, é que não dava mesmo jeitinho nenhum é daqui a bocado começa a novela.
Vá Homem! Venha daí... de qualquer forma ía cear sozinha."


...Continua...