domingo, 17 de outubro de 2010

A Génese da Estupidez

No outro dia, numa aula de Filosofia Antiga no auditório da faculdade, ouvi o nome de várias entidades da filosofia grega pré-sócratica (sei o que estão a pensar mas não, não vou fazer uma piada com isto!). Ouvi falar do nosso querido Tales, o sempre presente Pitágoras, o eterno Heraclito, o curioso Empédocles, entre outros. Prontamente a minha psiché começou a percorrer caminhos mais absurdos e uma questão me veio à mente:

Quem inventou a estupidez?

Como não sou grande fã do método empírico, resolvi eu mesmo dar resposta à questão.

Aqui vou contar a história do homem que inventou a estupidez, a mais básica forma de ofensa. Trata-se pois de Estupidócles de Parveia, fundador da escola estupidista, co-fundador da escola parvista e jardineiro de Platão. Foi também um líder militar grego durante as guerras Médicas (que não tinham nada a ver com médicos, chamavam-se “médicas” porque foram entre gregos e povos originários da Média) e o responsável pela derrota mais estúpida do exército grego. Ele próprio disse “Não vamos ganhar no campo de batalha, vamos sim, reservar o campo de batalha!”. E colocaram placas a dizer “Reservado” à volta do campo de batalha na esperança que os persas respeitassem a reserva e fossem embora. Os persas, que não eram muito fãs da burocracia grega, atacaram e dizimaram o exército grego que, confiando na reserva feita, estava em repouso.

Já no âmbito da vida política, Estupidócles decidiu introduzir um método revolucionário nas eleições democráticas gregas. Em vez de pedras dentro de vasos, os eleitores deitariam cubos de gelo dentro de fornos. Estupidócles justificou este método dizendo “Andam sempre a falar do voto secreto mas voto mais secreto do que este não há!”. Viveu também em Esparta onde foi conselheiro do rei espartano. Foi Estupidócles que disse a Leónidas que enfrentar o exército persa com um bando de 300 homens era algo sensato e, passo a citar, “de onde só podem vir bons resultados”.

Nos últimos anos da sua vida, já no exílio (porque será?...), viajou por vários locais, em especial o Egipto (o Toys’r’us dos filósofos gregos). Veio a falecer ao tentar provar que se morria ao cair do topo do Farol de Alexandria. Ironicamente, foi a única teoria proposta por si que ficou comprovada com êxito.


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