Mas por que razão só me lembro de falar sobre estas coisas quando estou na cama quase a adormecer? Talvez porque é a essa hora que não tenho mais nenhuma distracção e posso concentrar-me nestes assuntos que contribuem em muito para a felicidade da espécie humana. A única distracção que possa haver a essa hora seria a luz dos postes eléctricos que se vê através da abertura da persiana ou o tecto do meu quarto. Mas avaliando essas alternativas acho que prefiro fazer esta pequena reflexão.
Ora bem, uma coisa que as pessoas costumam dizer com bastante frequência é “eu tenho razão e tu não” ou “isso não faz sentido” ou até mesmo “isso está errado, isto está certo”. Mas agora eu pergunto mesmo: será que está mesmo certo? O que eu quero dizer é que cada um de nós tem a sua própria realidade, a sua verdade. O que nós entendemos por realidade é o conjunto de regras que definem o mundo, ou seja, aquilo que nós acreditamos que existe, e tal como nas crenças, cada um tem a sua realidade a qual é totalmente distinta das realidades dos outros. O que na minha realidade pode ser perfeitamente lógico na sua pode ser a maior das parvoíces. E onde eu quero chegar é ao facto de termos de respeitar a realidade dos outros admitindo que, visto de outro ângulo, as coisas podem ser totalmente diferentes.
E agora perguntam-me: e se um criminoso achar que, na sua realidade, o crime que cometeu foi correcto e que não merece ser castigado? A resposta é óbvia: tem de ser punido! As realidades não estão isoladas, se tivessem seriam impossíveis todas as relações sociais da nossa querida espécie. Uma boa forma de demonstrar o que quero dizer é usar o exemplo das bolhas de sabão, elas são individuais e dificilmente se fundem mas tocam umas nas outras e empurram-se. Cada bolha é uma realidade distinta e tem a sua própria identidade, mas no entanto interagem entre si. O problema é quando uma bolha (ou realidade) vai contra outra bolha com tanta força que rebenta com a última. Os crimes são isso mesmo, é quando a minha realidade perturba a sua de forma prejudicial. E para punir esses crimes inventaram as leis, que não são mais que uma realidade, e a prova disso é que cada país, religião ou povo tem as suas próprias leis. Nós, ocidentais, achamos que alguém que assalta um banco merece uns quantos anos de prisão, no entanto os árabes acham que quem comete um assalto a um banco merece a amputação da mão. Então usamos a realidade da Lei para julgar em vez de fazermos justiça segundo a nossa realidade.
E novamente me perguntam: então e se duas pessoas concordarem totalmente em todos os aspectos quer dizer que têm a mesma realidade? Nada disso, cada um tem a sua própria “bolha”, só que às vezes para conseguirmos integrar-nos na sociedade temos de moldar a nossa realidade à realidade de outros ou a algum padrão social e daí termos grupos de pessoas que pensam da mesma forma. São várias realidades mas com a mesma forma e padrão.
Ora bem, uma coisa que as pessoas costumam dizer com bastante frequência é “eu tenho razão e tu não” ou “isso não faz sentido” ou até mesmo “isso está errado, isto está certo”. Mas agora eu pergunto mesmo: será que está mesmo certo? O que eu quero dizer é que cada um de nós tem a sua própria realidade, a sua verdade. O que nós entendemos por realidade é o conjunto de regras que definem o mundo, ou seja, aquilo que nós acreditamos que existe, e tal como nas crenças, cada um tem a sua realidade a qual é totalmente distinta das realidades dos outros. O que na minha realidade pode ser perfeitamente lógico na sua pode ser a maior das parvoíces. E onde eu quero chegar é ao facto de termos de respeitar a realidade dos outros admitindo que, visto de outro ângulo, as coisas podem ser totalmente diferentes.
E agora perguntam-me: e se um criminoso achar que, na sua realidade, o crime que cometeu foi correcto e que não merece ser castigado? A resposta é óbvia: tem de ser punido! As realidades não estão isoladas, se tivessem seriam impossíveis todas as relações sociais da nossa querida espécie. Uma boa forma de demonstrar o que quero dizer é usar o exemplo das bolhas de sabão, elas são individuais e dificilmente se fundem mas tocam umas nas outras e empurram-se. Cada bolha é uma realidade distinta e tem a sua própria identidade, mas no entanto interagem entre si. O problema é quando uma bolha (ou realidade) vai contra outra bolha com tanta força que rebenta com a última. Os crimes são isso mesmo, é quando a minha realidade perturba a sua de forma prejudicial. E para punir esses crimes inventaram as leis, que não são mais que uma realidade, e a prova disso é que cada país, religião ou povo tem as suas próprias leis. Nós, ocidentais, achamos que alguém que assalta um banco merece uns quantos anos de prisão, no entanto os árabes acham que quem comete um assalto a um banco merece a amputação da mão. Então usamos a realidade da Lei para julgar em vez de fazermos justiça segundo a nossa realidade.
E novamente me perguntam: então e se duas pessoas concordarem totalmente em todos os aspectos quer dizer que têm a mesma realidade? Nada disso, cada um tem a sua própria “bolha”, só que às vezes para conseguirmos integrar-nos na sociedade temos de moldar a nossa realidade à realidade de outros ou a algum padrão social e daí termos grupos de pessoas que pensam da mesma forma. São várias realidades mas com a mesma forma e padrão.
Concluo por dizer que na minha realidade isto que escrevi faz todo o sentido mas na sua pode ser algo que, imprimido, dava um bom papel higiénico, só é pena os químicos da tinta fazerem mal à pele do nosso bout.
Ivocatii
Ivocatii
5 comentários:
quando li isto fiquei mmo OMG!!!
está excelente, como seria de esperar mário.
tens razao naqilo que dizes. cada pessoa tem a sua realidade e opiniao e cada um respeita (se quiser) essa tal opiniao ou entao contradi-la com a sua.
por isso é que em portugal o pais nao avança. Cada presidente tem a sua bolha, lanca-a ao ceu mas choca com todas as outras dos outros politicos. e o que sobra para nos? um rio de espuma e ignorancia criado a partir de uma mistura parva e esquisita de opinioes.
Fika bem
Sem dúvida k tudo o k dizes é certo mario ^^
Admito que começei a ler isso e n vi nada de novo para mim, e ainda nao vejo. Mas o que realça é como tu o explicas e os exemplos k arranjas k sao notaveis e inspiradores sem dúvida ^^
No entanto é importante referir k vivermos numa realidade diferente mtas vezes nao serve de desculpa para muitas coisas :) desde k respeitemos todas as realidades, podemos arranjar um consenso entre todas ^^
Continua mário ;)
Por mais que vivamos ou acreditemos em realidades diferentes, que estejamos separados por paredes de vidro ou bolhas que podem rebentar, que podem interagir, nunca existirá uma compreensao total. Pelo senso comum e pela maneira como somos educados, achamos obvio que um criminoso ( e ate esta designaçao e da nossa educaçao...) deve ser punido, porque somos educados para pensar que as leis dos homens devem ser obedecidas. Mas o que sao essas leis mais do que guias para nos tentar igualar a todos enquanto sociedade...
Uma pergunta que ainda me faço varias vezes é se mesmo com estas realidades diferentes e "bolhas" nao poderemos atingir um ideal comum, um objectivo...que uma realidade ( n precisa de ser superior ou igual...)nao possa mudar a outra.
Bem, la estou para aqui a divagar...
So espero que se alguem imprimir isto e usar como papel higienico nao fique com hemorroidas...
J. S.
p.S-parabens pela reflexao, apesar de como o fate disse, naa ser algo de novo para mim.
J.S
Para a J.S.:
Eu pessoalmente duvido que seja possivel atingir esse objectivo onde as realidades se respeitem umas às outras. Faz parte da natureza humana querer sempre mais do que precisamos, foi esse o motor da nossa evolução seja ela como espécie ou como sociedade. A partir do ponto em que desejamos algo mais estamos a interferir na "bolha" dos que o têm ou que também o querem ter. Na Natureza o predador está constantemente a rebentar a "bolha" da presa, no entanto não o incriminamos porque a sua existência depende de acabar com a existência da presa. A grande questão reside aí: qual o limite da nossa interferência nas realidades de outros? É essencial perturbarmos as realidades alheias devido à nossa natureza ambiciosa mas deveremos estabelecer um limite artificial para essas interferências? Sim, porque não existe limite natural. Os anarquistas acham que não. Outros acham que sim. Eu acho que este é mais um daqueles assuntos que dão horas de conversa mas nenhuma conclusão realista... =P
Obrigado pelo comentário ^^
P.S.: Sim eu também espero que esta reflexão não gere nenhuma crise de intestinos xD
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