quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Como irritar pessoas em 9 lições

“1º Mandamento: Irrita o próximo
2º Mandamento: Irrita o próximo ainda mais
3º Mandamento: Depois de ires embora volta atrás para o irritares novamente
…”

in 10 Mandamentos da Lei do Irritar


1ª Lição: Não hesitar

Não pense duas vezes antes de chamar o alvo à atenção mesmo que tenho sido você a cometer o erro. Não deixe que seja ele a chamá-lo a si. É importante estarmos sempre um passo à frente do nosso alvo.


2ª Lição: Contacto visual

Depois de chamar a atenção fique a olhar fixamente para o alvo. É aqui que ficamos a saber se é um “irritável”, caso responda à sua chamada de atenção, ou um desistente que vai embora sem ripostar. Neste último caso continue a sua viagem.


3ª Lição: Manter a postura

Mantenha uma pose altiva e séria. O facto de parecer que está a levar aquilo a sério enerva ainda mais o nosso alvo.


4ª Lição: Uso da linguagem

Esta é a lição mais importante pois para irritar há que ter um bom domínio sobre o vocabulário. Use o maior número de sinónimos que conseguir. Use frases mais elaboradas que lhe dão um ar de snob irritante. Por exemplo, em vez de dizer “O que o senhor fez está mal” diga “O que o senhor acabou de fazer vai contra as regras estabelecidas” ou em vez de dizer “Se o senhor já sabia porque fez isso?” diga “Se havia sido previamente informado então porque optou por cometer esta infracção?”.


5ª Lição: Repetir, repetir, repetir…

As repetições estão ligadas à linguagem, é por isso importante saber quando as usar. Por exemplo, acusam-no de algo e em vez de dizer um simples “não” faça um ar indignadíssimo e diga “Não não não não não não não nã nã nã nã nã” enquanto agita o dedo indicador.


6ª Lição: Estrangeirismos

Procure também usar palavras estrangeiras. Tenha preferência por termos em francês ou italiano que são línguas bastante irritantes. Pode ainda usar o inglês desde que faça um sotaque britânico. Sempre que possível insira essas palavras em frases cujo contexto é português. Bons exemplos disso seriam: “Você é uma pessoa very irresponsável” ou “Sua criatura stupide!”. Pode também optar por italianizar palavras portuguesas acrescentando-lhes os sufixos “-ini”, “-oni” ou “-ani”: “Não seja parvini!”.


7ª Lição: Argumentum ad irritatio

Como é óbvio não vai estar constantemente a dizer a mesma coisa sem que justifique o que diz. A capacidade de argumentação é bastante importante, diga lá se não são irritantes aquelas pessoas que acham resposta para tudo. Na fase da argumentação não tenha medos nem receios, use tudo o que se lembrar mesmo que não faça sentido. Inverta as regras, invente leis e obrigações, alegue que fez o que não fez ou que estava onde não estava. E quando mentir não se esqueça de fundamentar bem a sua mentira pois é muito frustrante não conseguirmos defender a verdade perante uma mentira bem argumentada.


8ª Lição: Non-sense

Também inserido no tema da argumentação está o uso do non-sense. Quando já usou todas as armas letais de irritação pode recorrer ao non-sense para ampliar o efeito. Dê asas à sua imaginação! Diga que é o Super-Homem e que por isso pode chamar os outros à atenção, que veio no Guiness como o homem/mulher mais eticamente correcto e que devido a isso tem sempre razão, mostre um papel a dizer que é o Imperador do Universo ou o descendente directo do Napoleão. Simplesmente não poupe nem palavras nem ideias.


9ª Lição: Quantos mais melhor

Se tiver consigo um amigo ou acompanhante que sofra da mesma necessidade de irritar o próximo não o deixe de fora. Estes ajudantes são uma grande ajuda na fase de argumentação onde vai precisar de alguém que não só concorde mas também confirme o que diz. A única coisa mais irritante do que uma pessoa afirmar uma mentira óbvia é duas pessoas a confirmar essa mesma mentira óbvia.


Ivocatii

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O Génio da Lâmpada (parte 16)

??? – Eu não sou o Capitão América, eu sou o Famoso Domador de Dragões!
Mário – E…?
Famoso Domador de Dragões – E… domo dragões.
Mário – Mas como te chamas?
FDD – Ahh chamo-me Diogo.
Mário – Pronto, era isso que queria saber. Dizes então que domas dragões, mas não vejo nenhum dragão até porque não existem, isso não passa dum mito.
Diogo – Enganas-te, estes são os meus dragões!

De repente um dos gatos salta para o ombro de Diogo.

Mário – Fugiste de algum manicómio? Isso são gatos, não são dragões.
Diogo – São kittydragons, uma espécie muito rara!
Sandro – Mmm… OMFG…!
Mário – Sandro vamos fugir, livrámo-nos duma chata para virmos dar com um louco.
Diogo – E até cospem bolas de pêlo flamejantes! Eles é que estão muito envergonhados. Dei-lhes nomes de advérbios de modo. Este é o Unicamente, aquele o Especialmente e o pequenino ali atrás é o Infinitamente.
Mário – Vamos Sandro!

Mário e Sandro saíram dali a correr com medo daquele louco. Entretanto Diogo vira-se para um dos gat… dragões.

Diogo – Eles vão-se perder e estarão de volta num instante.

Os dois macambúzios que fugiram já estavam afastados da clareira da floresta quando chegaram à conclusão que estavam perdidos.

Sandro – Mmm... tenho medo…
Mário – Também eu. Olha luz! Vamos seguir aquela luz pode ser que nos leve a alguma casa.

Seguiram a luz até estarem numa clareira que acontecia ser a mesma de onde partiram e lá estava Diogo em frente á fogueira a aquecer um bocado de carne e a partilhá-lo com seus “dragões”.

Mário – Bem, vejo que não nos resta nenhuma opção senão confiar no doido dos gatos.
Diogo – Juntem-se e comam! Há que chegue. Amanha eu guio-vos até á saída da floresta. Por hoje durmam que já é de noite.

Os três mais os vinte foram dormir embora Sandro não conseguisse devido ao ressonar de Mário. Sandro dá um pontapé em Mário.

Sandro – Mmm… porco…
Mário – Hã? Que queres? Deixa-me dormir…

E assim os dois dormiram na companhia dum lunático mais um bando de dragões felinos. Na manhã seguinte um novo destino os aguardava mal o Sol nascesse. Será que Diogo veio para ficar? Será ele realmente de confiança?

Autor – MAS PORQUE FAZES ESSAS PERGUNTAS SE SOU EU QUE ESCREVO A HISTÓRIA?

E assim o Autor nunca mais interrompeu o narrador senão o narrador interrompe a sua fala com o “Continua…”.

Autor – ISSO É QUE ERA BOM! EU TENHO O DIREITO DE…

Continua...


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