Racional – Porque vieste?
Irracional – Por nada.
R – Se foi por nada então porque vieste?
I – Por nada, já te disse.
R – Que te fez vir?
I – Nada.
R – Então porque te deste ao trabalho de vir?
I – Não sei.
R – Mas como vieste?
I – Vim vindo.
R – Vieste vindo como?
I – Com os pés.
R – Então vieste pelos pés, não foi?
I – Sim.
R – Primeiro disseste que vieste por nada, agora dizes que vieste pelos pés.
I – Pensei que falavas na razão de vir.
R – E tinhas razão de vir?
I – Não.
R – E agora já tens?
I – Continuo a não ter.
R – Então o que te levou a esta acção?
I – Nada.
R – Nada leva a nada, não leva à acção.
I – Então já tenho razão. Nada é a minha razão de vir.
R – Se a razão é nada então não tens razão.
I – Tenho, embora nunca a tenha tido.
R – Como podes ter e não ter razão?
I – Quando se tem nada, é em não o ter que o temos.
R – Então sempre tiveste.
I – Sempre tive porque nunca a tive pois a minha razão é nada, já te tinha dito.
R – Confuso… E desde quando é que a tens?
I – Nunca a tive.
R – Então como a tens agora?
I – Tenho-a agora porque nunca tive.
R – Mas começaste a tê-la em algum momento para a poderes ter agora.
I – Não a tenho nem nunca tive, por isso é que digo que a tenho agora.
R – Mas tudo tem um início e um fim.
I – Porque resumes tudo a um conceito geométrico? Porque tem tudo de ser uma recta ou um ponto?
R – Porque tudo é uma recta ou um ponto. As coisas ou acontecem num momento exacto ou demoram um determinado tempo a acontecer.
I – Não há coisa que aconteça num momento exacto. Pois entre o início e o fim há sempre algo, mesmo que esse algo seja nada. Repara na recta, onde ela começa?
R – No infinito.
I – E onde acaba?
R – No infinito.
I – E o que é o infinito?
R – É tudo.
I – E podes definir o infinito?
R – Não.
I – Se não podes definir então é porque o infinito é nada. Logo se a recta começa no nada e acaba no nada, ou seja, começa onde acaba. Então a recta é nada pois nunca saiu do nada. E tal como a recta, a minha razão consiste em ser nada.
R – Vamos acabar com esta conversa que já me dói a cabeça. Queres ir beber um café?
I – Porque me convidas?
R – Por nada.
I – Boa razão! Anda então beber o café que eu pago.
R – Tens dinheiro?
I – Tenho.
Ivocatii
O blog em que se fala de tudo... de tudo aquilo que não interessa nem ao menino Jesus. Quanto mais às pessoas ditas «normais», mas o que é uma pessoas normal? Será que existe uma espécie de média para calcular a normalidade de uma pessoa? Enfim, é disto que se fala aqui assuntos filosóficos tão...vocês sabem! Estupidez da pura, portanto (dizem uns). Isto promete!
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
O Génio da Lâmpada (parte 14)
Finalmente chegaram ao deserto! Era hora de decidirem qual o caminho a tomar para achar essa tal terra chamada Argatio. Mário tirou um mapa da sua mochila atulhada de comida e começou a tentar ver qual a estrada que os levaria lá mais rápido.
Mário – Não vejo nenhum sítio chamado Argatio no mapa. Será que já não existe?
Sandro – Mmm… está ao contrário…
Mário – Ah pois!
Mário reparou que tinha o mapa ao contrário mas mesmo assim continuava a não ver onde era Argatio. Então, dada a inutilidade do mapa, resolveram perguntar às pessoas que ali estavam. Perguntaram primeiro a um homem que ia dentro dum carro mas não obtiveram resposta, em vez disso o simpático senhor mostrou-lhes o dedo médio. Perguntaram a mais dois condutores mas as respostas mais conclusivas que tiveram foram do tipo «Epá sai da frente!» ou «Vai perguntar à… da tua prima!». Noutras vezes as pessoas respondiam que era para a esquerda e a seguir outra dizia que era para a direita. Resumindo, ficaram na mesma.
Mário – Estamos tramados. E agora como vamos achar o caminho?
De repente aparece um homem com uma t-shirt duma marca de detergente. Era uma personagem conveniente.
Personagem conveniente – Eu posso indicar-vos o caminho mais rápido e mais seguro para Argatio!
A personagem conveniente esboçava um sorriso de anúncio de pasta de dentes. Era um daqueles senhores que aparecem nos anúncios de detergentes com aquele ar de que vão resolver todos os problemas daquela casa, os quais se resumem a uma camisola suja de nódoas. Imaginem aqueles anúncios em que o puto chega a casa todo cagado porque andou a rebolar na lama o dia inteiro, e quando a mãe vai mesmo a pregar um par de estalos ao gaiato aparece um homem ou mulher vestido/a com uma camisola com o logótipo da marca a dizer que aquele, e apenas aquele, detergente pode tirar a nódoa e trazer felicidade àquela casa. Mas de onde é que aparece essa criatura? Vive numa toca no quintal? Entrou sem ninguém ver? É um espírito que apenas se materializa na presença de nódoas? Será que interage e sociabiliza com outros da sua espécie? Terá reprodução sexuada ou assexuada? Enfim… será que ninguém os processa por invasão de propriedade?! É crime sabiam? Bem, mas agora admitamos que até foi conveniente esta personagem aparecer.
Personagem conveniente – Sigam-me e mostro-vos o caminho.
Mário – Anda Sandro!
Mário e Sandro seguiram a personagem conveniente até um local chamado Laranjeiro.
Personagem conveniente – Daqui basta seguirem para Corroios, depois Cruz de Pau, Paivas, Fogueteiro, Seixal, Paio Pires e a seguir têm Argatio.
Mário – Muito obrigado! Já agora quem és e como te chamas?
Personagem conveniente – O meu nome é…
Passa um carro a alta velocidade por eles e não deixa ouvir o resto da frase.
Personagem conveniente – Embora os meus amigos me tratem por…
Agora foi a vez de um camião passar e com o barulho não ouviram o resto da frase. Era um dia de muito trânsito.
Personagem conveniente – Mas podem tratar-me por Personagem conveniente.
Mário – E como soubeste que íamos para Argatio?
Personagem conveniente – Foi o Autor que me contratou. É que as vezes o Autor desta história não sabe como sair das confusões que escreve e recorre ao non-sense para conseguir avançar com a história.
Autor – COMO TE ATREVES A REVELAR O MEU PLANO… EH… QUER DIZER… A MENTIR, COMO TE ATREVES A MENTIR SOBRE MIM?! OLHA QUE DOU CABO DE TI EM MENOS DE UM PARÁGRAFO!
Personagem conveniente – Cala-te e dá-me o dinheiro que me deves! Senão ainda estavas no início deste capítulo.
Autor – TOMA LÁ O DINHEIRO! MALDITAS PERSONAGENS CONVENIENTES… LEVAM UMA PESSOA À FALÊNCIA!
E depois de tratarem de negócios com o Autor desta história os dois personagens, Mário e Sandro, partiram para Corroios como lhes tinha dito a personagem conveniente.
Continua...
Ivocatii
Mário – Não vejo nenhum sítio chamado Argatio no mapa. Será que já não existe?
Sandro – Mmm… está ao contrário…
Mário – Ah pois!
Mário reparou que tinha o mapa ao contrário mas mesmo assim continuava a não ver onde era Argatio. Então, dada a inutilidade do mapa, resolveram perguntar às pessoas que ali estavam. Perguntaram primeiro a um homem que ia dentro dum carro mas não obtiveram resposta, em vez disso o simpático senhor mostrou-lhes o dedo médio. Perguntaram a mais dois condutores mas as respostas mais conclusivas que tiveram foram do tipo «Epá sai da frente!» ou «Vai perguntar à… da tua prima!». Noutras vezes as pessoas respondiam que era para a esquerda e a seguir outra dizia que era para a direita. Resumindo, ficaram na mesma.
Mário – Estamos tramados. E agora como vamos achar o caminho?
De repente aparece um homem com uma t-shirt duma marca de detergente. Era uma personagem conveniente.
Personagem conveniente – Eu posso indicar-vos o caminho mais rápido e mais seguro para Argatio!
A personagem conveniente esboçava um sorriso de anúncio de pasta de dentes. Era um daqueles senhores que aparecem nos anúncios de detergentes com aquele ar de que vão resolver todos os problemas daquela casa, os quais se resumem a uma camisola suja de nódoas. Imaginem aqueles anúncios em que o puto chega a casa todo cagado porque andou a rebolar na lama o dia inteiro, e quando a mãe vai mesmo a pregar um par de estalos ao gaiato aparece um homem ou mulher vestido/a com uma camisola com o logótipo da marca a dizer que aquele, e apenas aquele, detergente pode tirar a nódoa e trazer felicidade àquela casa. Mas de onde é que aparece essa criatura? Vive numa toca no quintal? Entrou sem ninguém ver? É um espírito que apenas se materializa na presença de nódoas? Será que interage e sociabiliza com outros da sua espécie? Terá reprodução sexuada ou assexuada? Enfim… será que ninguém os processa por invasão de propriedade?! É crime sabiam? Bem, mas agora admitamos que até foi conveniente esta personagem aparecer.
Personagem conveniente – Sigam-me e mostro-vos o caminho.
Mário – Anda Sandro!
Mário e Sandro seguiram a personagem conveniente até um local chamado Laranjeiro.
Personagem conveniente – Daqui basta seguirem para Corroios, depois Cruz de Pau, Paivas, Fogueteiro, Seixal, Paio Pires e a seguir têm Argatio.
Mário – Muito obrigado! Já agora quem és e como te chamas?
Personagem conveniente – O meu nome é…
Passa um carro a alta velocidade por eles e não deixa ouvir o resto da frase.
Personagem conveniente – Embora os meus amigos me tratem por…
Agora foi a vez de um camião passar e com o barulho não ouviram o resto da frase. Era um dia de muito trânsito.
Personagem conveniente – Mas podem tratar-me por Personagem conveniente.
Mário – E como soubeste que íamos para Argatio?
Personagem conveniente – Foi o Autor que me contratou. É que as vezes o Autor desta história não sabe como sair das confusões que escreve e recorre ao non-sense para conseguir avançar com a história.
Autor – COMO TE ATREVES A REVELAR O MEU PLANO… EH… QUER DIZER… A MENTIR, COMO TE ATREVES A MENTIR SOBRE MIM?! OLHA QUE DOU CABO DE TI EM MENOS DE UM PARÁGRAFO!
Personagem conveniente – Cala-te e dá-me o dinheiro que me deves! Senão ainda estavas no início deste capítulo.
Autor – TOMA LÁ O DINHEIRO! MALDITAS PERSONAGENS CONVENIENTES… LEVAM UMA PESSOA À FALÊNCIA!
E depois de tratarem de negócios com o Autor desta história os dois personagens, Mário e Sandro, partiram para Corroios como lhes tinha dito a personagem conveniente.
Continua...
Ivocatii
quinta-feira, 18 de junho de 2009
O Génio da Lâmpada (parte 13)
Mário e Sandro estavam em frente da Rapariga à espera que esta lhes explicasse a tão secreta e sagrada missão que tinha para eles. Ela emanava raiva por todo o seu corpo.
Rapariga – Prestem atenção seus imprestáveis! O Génio voltou a ser génio.
Mário – Não estou a perceber…
Rapariga – Então cala-te e deixa-me falar! O Génio voltou para dentro da lâmpada e desapareceu no horizonte. Ele falou-me dum tal acordo com o Autor e, segundo o que ele me disse antes de partir, voltou para o seu local de origem.
Mário – Sim, lembro-me do acordo com o Autor que ele fez quando estávamos no buraco. Tens ideia onde isso seja?
Rapariga – Não, pensei que vocês me pudessem dizer…
A Rapariga baixou a cabeça e fez uma cara triste enquanto mordia o lábio para não mostrar mais sentimentos. Não era hora para fraquezas.
Sandro – Mmm… Argatio…
Mário – Ah já me lembro! Uma vez estávamos a falar da nossa infância e o Génio falou-nos que o primeiro local da sua memória é um sítio chamado Argatio.
Rapariga – Argatio?! Mas isso é alguma loja de animais?
Mário – Não sei, só sei que fica além do deserto.
Rapariga – Sim, isso também ele me disse. Então de que estão à espera? Despachem-se a ir para esse tal Argatio!
Mário – Mas é muito perigoso! E como é que vamos? É uma loucura irmos lá buscá-lo!
Rapariga – Eu digo-te o que é que é perigoso!
E nisto a Rapariga dá um pontapé na “descendência” de Mário e este contorce-se no chão com dores.
Rapariga – Vai já buscar o meu Génio!
Mário – Está bem eu vou. Vem comigo Sandro, com esta maluca aqui prefiro mil vezes os perigos do deserto.
E então fizeram todos os preparativos tais como comida, mudas de roupa, mapas, o ursinho de peluche com que Mário dorme, etc. … E partiram para a viagem mais perigosa desde que foram ao Fórum Montijo.
Rapariga – Boa viagem e boa sorte!
Mário – Obrigado! Longe de ti qualquer sorte é boa…
Rapariga – Disseste alguma coisa?
Mário – Não, nada! Até à próxima.
Mário e Sandro sorriram de alívio.
Mário – Viagem ikese! Longe daquela chata e pelo deserto adentro!
E então os dois personagens partiram da cidade rumo ao outro lado do rio. Apanharam o comboio até à estação do Pragal e aí começou a sua viagem a pé rumo a Argatio para salvar o Génio da sua própria genialidade.
Continua...
Ivocatii
Rapariga – Prestem atenção seus imprestáveis! O Génio voltou a ser génio.
Mário – Não estou a perceber…
Rapariga – Então cala-te e deixa-me falar! O Génio voltou para dentro da lâmpada e desapareceu no horizonte. Ele falou-me dum tal acordo com o Autor e, segundo o que ele me disse antes de partir, voltou para o seu local de origem.
Mário – Sim, lembro-me do acordo com o Autor que ele fez quando estávamos no buraco. Tens ideia onde isso seja?
Rapariga – Não, pensei que vocês me pudessem dizer…
A Rapariga baixou a cabeça e fez uma cara triste enquanto mordia o lábio para não mostrar mais sentimentos. Não era hora para fraquezas.
Sandro – Mmm… Argatio…
Mário – Ah já me lembro! Uma vez estávamos a falar da nossa infância e o Génio falou-nos que o primeiro local da sua memória é um sítio chamado Argatio.
Rapariga – Argatio?! Mas isso é alguma loja de animais?
Mário – Não sei, só sei que fica além do deserto.
Rapariga – Sim, isso também ele me disse. Então de que estão à espera? Despachem-se a ir para esse tal Argatio!
Mário – Mas é muito perigoso! E como é que vamos? É uma loucura irmos lá buscá-lo!
Rapariga – Eu digo-te o que é que é perigoso!
E nisto a Rapariga dá um pontapé na “descendência” de Mário e este contorce-se no chão com dores.
Rapariga – Vai já buscar o meu Génio!
Mário – Está bem eu vou. Vem comigo Sandro, com esta maluca aqui prefiro mil vezes os perigos do deserto.
E então fizeram todos os preparativos tais como comida, mudas de roupa, mapas, o ursinho de peluche com que Mário dorme, etc. … E partiram para a viagem mais perigosa desde que foram ao Fórum Montijo.
Rapariga – Boa viagem e boa sorte!
Mário – Obrigado! Longe de ti qualquer sorte é boa…
Rapariga – Disseste alguma coisa?
Mário – Não, nada! Até à próxima.
Mário e Sandro sorriram de alívio.
Mário – Viagem ikese! Longe daquela chata e pelo deserto adentro!
E então os dois personagens partiram da cidade rumo ao outro lado do rio. Apanharam o comboio até à estação do Pragal e aí começou a sua viagem a pé rumo a Argatio para salvar o Génio da sua própria genialidade.
Continua...
Ivocatii
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O Génio da Lâmpada (parte 12)
Depois de salvos, remaram o pequeno barco de madeira para a margem enquanto observavam a coluna de fumo que se erguia no local do armazém incendiado. Nada tinha restado, só uns escombros carbonizados do que tinha sido um dos maiores armazéns da zona. O Génio questionava-se o que tinha acontecido a Fritz, parecia impossível que tivesse sobrevivido ao incêndio.
Génio – É impossível que Fritz tenha escapado. Não posso deixar de sentir pena dele.
Rapariga – Não penses mais nisso. Ele fez por merecer. Pensa que podias ser tu a estar ali.
Mário – Vamos mas é festejar o regresso a salvo!
Saíram do barco e foram para a casa onde o Génio e a Rapariga viviam mais o Mário e o Sandro que se tinham “convidado” a ficar. Até já estavam a ficar habituados a ideia de partilhar a casa com aqueles dois idiotas. Sandro dava um bom cozinheiro e Mário um excelente mordomo. Mas uma preocupação ocupava o rosto do Génio e a Rapariga incomodada com isso decide perguntar o que se passa.
Rapariga – O que tens? Estamos a salvo agora. Anda, tenho saudades daqueles momentos a sós, quero-te beijar!
O Génio olhou para ela com um olhar tenso.
Génio – Lembras-te quando te disse que tinha algo para te dizer?
Rapariga – Sim, que foi? Que se passa?
Génio – Quando íamos a subir o armazém ficamos presos num buraco porque o Mário pisou um quadrado do pavimento saliente. Quando estávamos lá dentro pedimos ajuda ao Autor porque não podíamos sair.
Autor – FOI VERDADE.
Génio – Importa-se de não interromper a nossa privacidade!
Autor – PEÇO DESCULPA.
Génio – Bem, adiante. E em troca de sairmos de lá eu fiz um acordo com o Autor. Quando te salvasse tinha de voltar a ser Génio e voltar a ficar preso à lâmpada.
Rapariga – Mas isso não é problema! Basta desejar que sejas novamente livre!
Génio – Não é bem assim. Depois de voltar a ser Génio volto para o meu local de origem.
Rapariga – E onde é isso?
Génio - Fica muito longe, para lá do deserto! Demora-se muito a lá chegar para não falar dos perigos.
Rapariga – Vou-te buscar nem que seja ao vigésimo círculo do Inferno de Dante!
O Génio solta uma gargalhada.
Génio – Não existe tal círculo segundo Dante.
Rapariga – Passa a existir!
Génio – Beija-me antes de me ir embora!
A Rapariga aproximou-se do Génio e beijou-o abraçando-o com força. Aquele beijo pareceu durar uma eternidade mas para eles foi apenas um segundo. As suas bocas mal se mexiam. Pareciam estar no paraíso! Subitamente o Génio começa a transformar-se em fumo e em seus pulsos aparecem as correntes que já uma vez neles tiveram, o símbolo da escravidão da lâmpada. Todo o corpo do Génio foi absorvido por um objecto que tinha a forma de uma lâmpada e que tinha ali aparecido misteriosamente. A Rapariga reparou numas letras na lateral da lâmpada antes que esta fosse projectada a alta velocidade em direcção ao horizonte a Leste. Não se via mais sinal da lâmpada no céu, estava tudo calmo e límpido em oposição à Rapariga que sentia uma tempestade em seu coração. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto, mas não querendo mostrar parte fraca limpou a lágrima e pôs mãos à obra! Deu um grito que estremeceu a casa inteira e apareceram Mário e Sandro a tremer com medo do que ela lhes pudesse fazer. Não se brinca com uma mulher zangada.
Rapariga – Tenho uma missão para vocês, seus inúteis!
Como é óbvio
Continua...
Ivocatii
Génio – É impossível que Fritz tenha escapado. Não posso deixar de sentir pena dele.
Rapariga – Não penses mais nisso. Ele fez por merecer. Pensa que podias ser tu a estar ali.
Mário – Vamos mas é festejar o regresso a salvo!
Saíram do barco e foram para a casa onde o Génio e a Rapariga viviam mais o Mário e o Sandro que se tinham “convidado” a ficar. Até já estavam a ficar habituados a ideia de partilhar a casa com aqueles dois idiotas. Sandro dava um bom cozinheiro e Mário um excelente mordomo. Mas uma preocupação ocupava o rosto do Génio e a Rapariga incomodada com isso decide perguntar o que se passa.
Rapariga – O que tens? Estamos a salvo agora. Anda, tenho saudades daqueles momentos a sós, quero-te beijar!
O Génio olhou para ela com um olhar tenso.
Génio – Lembras-te quando te disse que tinha algo para te dizer?
Rapariga – Sim, que foi? Que se passa?
Génio – Quando íamos a subir o armazém ficamos presos num buraco porque o Mário pisou um quadrado do pavimento saliente. Quando estávamos lá dentro pedimos ajuda ao Autor porque não podíamos sair.
Autor – FOI VERDADE.
Génio – Importa-se de não interromper a nossa privacidade!
Autor – PEÇO DESCULPA.
Génio – Bem, adiante. E em troca de sairmos de lá eu fiz um acordo com o Autor. Quando te salvasse tinha de voltar a ser Génio e voltar a ficar preso à lâmpada.
Rapariga – Mas isso não é problema! Basta desejar que sejas novamente livre!
Génio – Não é bem assim. Depois de voltar a ser Génio volto para o meu local de origem.
Rapariga – E onde é isso?
Génio - Fica muito longe, para lá do deserto! Demora-se muito a lá chegar para não falar dos perigos.
Rapariga – Vou-te buscar nem que seja ao vigésimo círculo do Inferno de Dante!
O Génio solta uma gargalhada.
Génio – Não existe tal círculo segundo Dante.
Rapariga – Passa a existir!
Génio – Beija-me antes de me ir embora!
A Rapariga aproximou-se do Génio e beijou-o abraçando-o com força. Aquele beijo pareceu durar uma eternidade mas para eles foi apenas um segundo. As suas bocas mal se mexiam. Pareciam estar no paraíso! Subitamente o Génio começa a transformar-se em fumo e em seus pulsos aparecem as correntes que já uma vez neles tiveram, o símbolo da escravidão da lâmpada. Todo o corpo do Génio foi absorvido por um objecto que tinha a forma de uma lâmpada e que tinha ali aparecido misteriosamente. A Rapariga reparou numas letras na lateral da lâmpada antes que esta fosse projectada a alta velocidade em direcção ao horizonte a Leste. Não se via mais sinal da lâmpada no céu, estava tudo calmo e límpido em oposição à Rapariga que sentia uma tempestade em seu coração. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto, mas não querendo mostrar parte fraca limpou a lágrima e pôs mãos à obra! Deu um grito que estremeceu a casa inteira e apareceram Mário e Sandro a tremer com medo do que ela lhes pudesse fazer. Não se brinca com uma mulher zangada.
Rapariga – Tenho uma missão para vocês, seus inúteis!
Como é óbvio
Continua...
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