quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Génio da Lâmpada (parte 14)

Finalmente chegaram ao deserto! Era hora de decidirem qual o caminho a tomar para achar essa tal terra chamada Argatio. Mário tirou um mapa da sua mochila atulhada de comida e começou a tentar ver qual a estrada que os levaria lá mais rápido.

Mário – Não vejo nenhum sítio chamado Argatio no mapa. Será que já não existe?
Sandro – Mmm… está ao contrário…
Mário – Ah pois!

Mário reparou que tinha o mapa ao contrário mas mesmo assim continuava a não ver onde era Argatio. Então, dada a inutilidade do mapa, resolveram perguntar às pessoas que ali estavam. Perguntaram primeiro a um homem que ia dentro dum carro mas não obtiveram resposta, em vez disso o simpático senhor mostrou-lhes o dedo médio. Perguntaram a mais dois condutores mas as respostas mais conclusivas que tiveram foram do tipo «Epá sai da frente!» ou «Vai perguntar à… da tua prima!». Noutras vezes as pessoas respondiam que era para a esquerda e a seguir outra dizia que era para a direita. Resumindo, ficaram na mesma.

Mário – Estamos tramados. E agora como vamos achar o caminho?

De repente aparece um homem com uma t-shirt duma marca de detergente. Era uma personagem conveniente.

Personagem conveniente – Eu posso indicar-vos o caminho mais rápido e mais seguro para Argatio!

A personagem conveniente esboçava um sorriso de anúncio de pasta de dentes. Era um daqueles senhores que aparecem nos anúncios de detergentes com aquele ar de que vão resolver todos os problemas daquela casa, os quais se resumem a uma camisola suja de nódoas. Imaginem aqueles anúncios em que o puto chega a casa todo cagado porque andou a rebolar na lama o dia inteiro, e quando a mãe vai mesmo a pregar um par de estalos ao gaiato aparece um homem ou mulher vestido/a com uma camisola com o logótipo da marca a dizer que aquele, e apenas aquele, detergente pode tirar a nódoa e trazer felicidade àquela casa. Mas de onde é que aparece essa criatura? Vive numa toca no quintal? Entrou sem ninguém ver? É um espírito que apenas se materializa na presença de nódoas? Será que interage e sociabiliza com outros da sua espécie? Terá reprodução sexuada ou assexuada? Enfim… será que ninguém os processa por invasão de propriedade?! É crime sabiam? Bem, mas agora admitamos que até foi conveniente esta personagem aparecer.

Personagem conveniente – Sigam-me e mostro-vos o caminho.
Mário – Anda Sandro!

Mário e Sandro seguiram a personagem conveniente até um local chamado Laranjeiro.

Personagem conveniente – Daqui basta seguirem para Corroios, depois Cruz de Pau, Paivas, Fogueteiro, Seixal, Paio Pires e a seguir têm Argatio.
Mário – Muito obrigado! Já agora quem és e como te chamas?
Personagem conveniente – O meu nome é…

Passa um carro a alta velocidade por eles e não deixa ouvir o resto da frase.

Personagem conveniente – Embora os meus amigos me tratem por…

Agora foi a vez de um camião passar e com o barulho não ouviram o resto da frase. Era um dia de muito trânsito.

Personagem conveniente – Mas podem tratar-me por Personagem conveniente.
Mário – E como soubeste que íamos para Argatio?
Personagem conveniente – Foi o Autor que me contratou. É que as vezes o Autor desta história não sabe como sair das confusões que escreve e recorre ao non-sense para conseguir avançar com a história.
Autor – COMO TE ATREVES A REVELAR O MEU PLANO… EH… QUER DIZER… A MENTIR, COMO TE ATREVES A MENTIR SOBRE MIM?! OLHA QUE DOU CABO DE TI EM MENOS DE UM PARÁGRAFO!
Personagem conveniente – Cala-te e dá-me o dinheiro que me deves! Senão ainda estavas no início deste capítulo.
Autor – TOMA LÁ O DINHEIRO! MALDITAS PERSONAGENS CONVENIENTES… LEVAM UMA PESSOA À FALÊNCIA!


E depois de tratarem de negócios com o Autor desta história os dois personagens, Mário e Sandro, partiram para Corroios como lhes tinha dito a personagem conveniente.

Continua...


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