Depois de salvos, remaram o pequeno barco de madeira para a margem enquanto observavam a coluna de fumo que se erguia no local do armazém incendiado. Nada tinha restado, só uns escombros carbonizados do que tinha sido um dos maiores armazéns da zona. O Génio questionava-se o que tinha acontecido a Fritz, parecia impossível que tivesse sobrevivido ao incêndio.
Génio – É impossível que Fritz tenha escapado. Não posso deixar de sentir pena dele.
Rapariga – Não penses mais nisso. Ele fez por merecer. Pensa que podias ser tu a estar ali.
Mário – Vamos mas é festejar o regresso a salvo!
Saíram do barco e foram para a casa onde o Génio e a Rapariga viviam mais o Mário e o Sandro que se tinham “convidado” a ficar. Até já estavam a ficar habituados a ideia de partilhar a casa com aqueles dois idiotas. Sandro dava um bom cozinheiro e Mário um excelente mordomo. Mas uma preocupação ocupava o rosto do Génio e a Rapariga incomodada com isso decide perguntar o que se passa.
Rapariga – O que tens? Estamos a salvo agora. Anda, tenho saudades daqueles momentos a sós, quero-te beijar!
O Génio olhou para ela com um olhar tenso.
Génio – Lembras-te quando te disse que tinha algo para te dizer?
Rapariga – Sim, que foi? Que se passa?
Génio – Quando íamos a subir o armazém ficamos presos num buraco porque o Mário pisou um quadrado do pavimento saliente. Quando estávamos lá dentro pedimos ajuda ao Autor porque não podíamos sair.
Autor – FOI VERDADE.
Génio – Importa-se de não interromper a nossa privacidade!
Autor – PEÇO DESCULPA.
Génio – Bem, adiante. E em troca de sairmos de lá eu fiz um acordo com o Autor. Quando te salvasse tinha de voltar a ser Génio e voltar a ficar preso à lâmpada.
Rapariga – Mas isso não é problema! Basta desejar que sejas novamente livre!
Génio – Não é bem assim. Depois de voltar a ser Génio volto para o meu local de origem.
Rapariga – E onde é isso?
Génio - Fica muito longe, para lá do deserto! Demora-se muito a lá chegar para não falar dos perigos.
Rapariga – Vou-te buscar nem que seja ao vigésimo círculo do Inferno de Dante!
O Génio solta uma gargalhada.
Génio – Não existe tal círculo segundo Dante.
Rapariga – Passa a existir!
Génio – Beija-me antes de me ir embora!
A Rapariga aproximou-se do Génio e beijou-o abraçando-o com força. Aquele beijo pareceu durar uma eternidade mas para eles foi apenas um segundo. As suas bocas mal se mexiam. Pareciam estar no paraíso! Subitamente o Génio começa a transformar-se em fumo e em seus pulsos aparecem as correntes que já uma vez neles tiveram, o símbolo da escravidão da lâmpada. Todo o corpo do Génio foi absorvido por um objecto que tinha a forma de uma lâmpada e que tinha ali aparecido misteriosamente. A Rapariga reparou numas letras na lateral da lâmpada antes que esta fosse projectada a alta velocidade em direcção ao horizonte a Leste. Não se via mais sinal da lâmpada no céu, estava tudo calmo e límpido em oposição à Rapariga que sentia uma tempestade em seu coração. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto, mas não querendo mostrar parte fraca limpou a lágrima e pôs mãos à obra! Deu um grito que estremeceu a casa inteira e apareceram Mário e Sandro a tremer com medo do que ela lhes pudesse fazer. Não se brinca com uma mulher zangada.
Rapariga – Tenho uma missão para vocês, seus inúteis!
Como é óbvio
Continua...
Ivocatii
2 comentários:
Looool
Gostei... Especialmente da última parte: "seus inuteis!" xD
Tou para ver quando é que entra o Diogo outra vez :)
Agora como tás de férias ve lá se actualizas mais vezes :P
Agora a história entra da segunda saga. Onde o Génio e a Rapariga "desaparecem" por uns episodios e o Mário e o Sandro vão ser os protagonistas. Daqui a uns episódios entra o Diogo não te preocupes ;).
Sim, agora nas férias e depois dos exames vou entregar-me à escrita, especialmente do Génio da Lâmpada.
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